Instituição de ensino:

Universidade de São Paulo (USP)

Programa:

Ciência Política

Autor:

Érica Simone Almeida Resende

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2005

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Resumo:

 Surpreendidos pelos ataques de Onze de Setembro, os EUA saíram de uma postura defensiva, característica da Doutrina de Contenção vigente durante a Guerra Fria, e passaram a adotar um comportamento preventivo agressivo, consubstanciado na nova estratégia de segurança nacional anunciada em 2002, logo batizada de Doutrina de Prevenção. Se a Doutrina de Contenção caracterizava-se pela postura defensiva - em relaçào ao inimigo soviético - e liberal - em relação à construção de uma nova ordem política, econômica e institucional, a Doutrina de Prevenção parece romper com esse paradigma. Essa mudança radical na formulaçào e condição da política externa norte-americana produz impactos significativos sobre o sistema internacional que merecem ser investigados e conhecidos. A Doutrina de Prevenção apresenta-se como uma resposta adequada às transformações sofridas pelo sistema internacional desde o fim da Guerra-Fria? Qual o grau de legitimidade da nova estratégia norte-americana? Nossa hipótese é a de que a Doutrina de Prevenção corresponde a um momento de inflexão na política externa norte-americana, especialmente em relação ao paradigma anterior da Doutrina de Contenção. Nos termos em que está formulada, a doutrina de Prevenção constitui um projeto de estratégia global caracterizado pelo baixo grau de legitimidade do recurso da força no plano internacional. Houve uma mudança de percepção, por parte dos demais Estados, especialmente em relação as tradicionais aliados da Aliança Atlântica, quanto à capacidade e disposição dos Estados Unidos para a produção da segurança. Essas mudanças fazem com que a Doutrina de Prevenção seja considerada uma resposta inadequada ao cenário do pós-Guerra Fria.

Orientador:

Rafael Antonio Duarte Villa

Palavras-chave:

Segurança nacional; EUA; Pós-Guerra Fria