Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
História |
Autor: |
Klênia Maria Reis dos Anjos |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2005 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
Sob o título “A dimensão social de um conflito: negros livres e libertos na Guerra do Paraguai (1864-1870)”, analisamos as experiências dos negros livres e libertos no Exército e nos Corpos de Voluntários da Pátria durante a Guerra do Paraguai. O esforço esteve, assim, centrado em investigar a presença desses combatentes no conflito, de modo a romper com a sua tradicional invisibilidade historiográfica. Buscamos, ainda, desvendar os significados conferidos a tal participação, ou seja, o que significava ser combatente, voluntário ou não, nas fileiras daqueles corpos. Em nossa análise, priorizamos diferentes registros alusivos ao conflito – Relatórios do Ministério da Guerra, Atas do Conselho de Estado, Coleção de Leis do Império, jornais e memórias. Nessa diversidade de fontes, o propósito de uma apreensão de como tais experiências foram dadas a ler, foram “percepcionadas” pelos diferentes sujeitos sociais. Rastrear a participação dos homens negros livres e libertos nas tropas brasileiras nos permitiu visualizar sua presença, bem como as estratégias criadas para seu engajamento. Sob diferentes formas – fingindo-se de libertos, voluntários, autênticos ou não, engajando-se como substitutos –, um contingente de homens pobres, livres e libertos, negros e mestiços, engrossou os batalhões de combatentes que lutaram pela defesa da pátria. Nessa luta, a formação e/ou o aprofundamento do sentimento de pertencimento, de integrar a nação, de se reconhecer como brasileiro, tal como o companheiro de tropa, branco e livre. |
Orientador: |
Diva do Couto Gontijo Muniz |
Palavras-chave: |
Guerra do Paraguai; Raça; Conflito social |