Instituição de ensino: |
Universidade Federal Fluminense (UFF) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Juliana Bastos Lohmann |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2005 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo analisar o processo gradual de internacionalização da Petrobrás desde as primeiras tentativas do seu presidente Ernesto Geisel, nos anos 70, de incentivar a sua operação no exterior. Através da subsidiária Braspetro, Geisel levou a Petrobras a explorar petróleo no Oriente Médio e na África. Nossa análise se estende às transformações que a empresa sofreu a partir da abertura do mercado do petróleo no Brasil, quando se intensifica o seu processo de internacionalização. A intenção da pesquisa é mostrar a convergência entre a política econômica externa do Brasil desde os anos 70 e a política de petróleo praticada pela Petrobras. Trazemos o foco do trabalho para a expansão da empresa no contexto latino americano, especialmente na década de 90, destacando os empreendimentos da Petrobras na Argentina, na Bolívia, na Colômbia, no México e na Venezuela ligados ao petróleo e gás natural. Em acordo com a política externa brasileira, voltada para a integração latinoamericana, a Petrobras vem operando uma ofensiva na América Latina, lançando-se a processos de fusão, aquisição, como parte de uma política energética (petróleo e gás) visando o suprimento do mercado brasileiro de petróleo e gás natural e a atuação externa, como companhia transnacional detentora de tecnologia de exploração de petróleo em águas profundas e fornecedora de petróleo e derivados no mercado internacional, ao lado das sete irmãs, que assistem à transformação rápida do mercado mundial do petróleo com a emergência de novas empresas, como a Petrobras. Acentuamos nos capítulos 3 e 4 o dilema vivido pela empresa estatal de ser ao mesmo tempo Mercado (empresa competitiva com quadros burocráticos eficientes e alta tecnologia) e Estado (pondo em prática, domésticamente, a política de energia do governo brasileiro e externamente, auxiliando a viabilização da diplomacia do petróleo e da integração latinoamericana praticadas pelo Itamaraty, Ministério de Minas e Energia e outras agências governamentais). Inserimos nossa análise num quadro teórico que entende o papel das empresas multinacionais atuando, na nova dinâmica mundial, em condições paralelas ou que suplantam o Estado Nação. Ainda que a Petrobras tenha sempre um presidente nomeado pela Presidência da República, e que este cargo seja mais importante que alguns ministérios, sua atuação empresarial a leva a tomar decisões de investimento e reestruturação que têm a ver com as tendências do mercado. |
Orientador: |
Maria antonieta Leopoldi |
Palavras-chave: |
Petrobrás; Internacionalização |