Instituição de ensino: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) |
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Programa: |
Relações Internacionais |
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Autor: |
Andréa Freitas Conceição |
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Titulação: |
Mestrado |
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Ano de defesa: |
2005 |
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Link: |
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Resumo: |
A Guerra da Bósnia (1992-1995) foi finalizada com os Acordos de Dayton, que garantiram 49 porcento dos territórios aos sérvio- bósnios e 51 porcento aos bósnios muçulmanos e croata-bósnios. O pacto previa a construção de um Estado multiétnico, que garantisse a convivência pacífica após a carnificina que marcou a beligerância entre os três grupos. Apesar de garantir o fim de um dos mais sangrentos conflitos europeus desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o acordo de paz parece não ter solucionado de fato os problemas que levaram os três grupos étnicos a entrar em conflito durante o processo de desintegração da Iugoslávia. Ou seja, o tratado deu fim à guerra, mas manteve um estado latente de beligerância entre as partes. Dentro de uma perspectiva de modelos de resolução de conflitos que critica uma abordagem tradicional e utilitária dos acordos firmados em Dayton, este trabalho analisa os acertos e equívocos dos primeiros sete anos de implementação do plano de paz, questionando a transferência da guerra para a arena política e, principalmente, a necessidade de manutenção da intermediação internacional para a convivência pacífica entre as comunidades formadoras da Bósnia pós-guerra. Para o desenvolvimento do trabalho, são questionados os tradicionais modelos de resolução de conflitos assim como a rigidez da solução estatal, de modo a apresentar outras saídas para a aproximação das partes que guerrearam e a possibilidade de uma nova comunidade política. |
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Orientador: |
Nizar Messari |
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Palavras-chave: |
Comunidade política; Conflito étnico; Guerra; Identidade; Resolução de conflitos |