Instituição de ensino:

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Pedro Casas Vilela Magalhães Arantes

Titulação:

Mestre

Ano de defesa:

2016

Link:

http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/Relinternac_ArantesPC_1.pdf

Resumo:

Esta dissertação busca analisar as dinâmicas sociais, políticas e econômicas na América do Sul a partir do final da década de 1970. Buscamos compreender se tais dinâmicas podem ser interpretadas como resultado de um duplo-movimento, como nos termos de Karl Polanyi e também analisar, no contexto da ascensão da esquerda, como a política externa de Evo Morales reflete na busca por desenvolvimento e autonomia e quais seriam as consequências dessas mudanças para a inserção internacional da Bolívia. Para tal, buscaremos, em um primeiro momento, descrever a conjuntura regional durante o final das década de 1980 e 1990, período caracterizado pelas medidas de corte neoliberal associadas ao receituário do Consenso de Washington e, em seguida, contextualizar a guinada à esquerda ocorrida na América Latina ao final da década de 1990, que ficou conhecida como “Onda Rosa”, destacando alguns dos condicionantes e consequências de tal movimento para a região e as implicações desses processos para a Bolívia. Em relação às dinâmicas sul-americanas e bolivianas, podemos entende-las como resultado do duplo-movimento, porém vimos que existem ressalvas, principalmente devido à globalização e ao neoliberalismo, que diferem-se do contexto estudado por Polanyi. Em relação à política externa boliviana, vimos que o governo, a despeito das limitações e constrangimentos existentes – e dos desafios que surgiram –, conseguiu garantir uma inserção mais independente, o que foi determinante para o desenvolvimento e autonomia do país.

Orientador:

Javier Alberto Vadell

Palavras-chave:

América Latina, Bolívia, Política Externa, Duplo-movimento