Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Patrícia Nabuco Martuscelli

Titulação:

Mestre

Ano de defesa:

2015

Link:

http://repositorio.unb.br/handle/10482/18991

Resumo:

O emprego direto e indireto de pessoas menores de 18 anos em hostilidades não é um fenômeno novo nas relações internacionais, contudo, só passou a receber maior atenção internacional após a publicação do relatório de Graça Machel sobre crianças e conflitos armados em 1996. Desde então, houve uma mobilização de organizações internacionais e da sociedade civil e de alguns Estados para erradicar essa prática por meio da adoção de tratados, documentos e comprometimentos internacionais. Apesar disso, ainda hoje crianças são empregadas em conflitos armados, pois as variáveis que motivam o recrutamento e o uso de menores soldados (fatores estruturais, aquelas que impactam no cálculo dos recrutadores e aquelas que influenciam o cálculo das crianças para se alistarem) continuam presentes. Contribui para isso o fato de que algumas situações recebem maior atenção, enquanto outras, como a da Colômbia, permanecem ignoradas pela comunidade internacional. Assim, essa dissertação estuda o uso de crianças soldado por todas as partes envolvidas no conflito armado colombiano e apresenta algumas evidências para explicar por que esse fenômeno foi silenciado na política internacional. Além disso, a partir da literatura mais tradicional sobre o tema de crianças soldado, foi construído um modelo padrão de crianças soldado e meninas soldado para comparar com a realidade colombiana com o objetivo de entender quais são as semelhanças e diferenças desse caso com outros estudos sobre essa questão.

Orientador:

Luiz Daniel Jatobá França

Palavras-chave:

Crianças soldado; Colômbia; Meninas soldado; Conflito armado; Silêncio; Política Internacional