Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Luíza Gimenez Cerioli |
Titulação: |
mestre |
Ano de defesa: |
2016 |
Link: |
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Resumo: |
A República Islâmica do Irã e o Reino da Arábia Saudita são atores que rivalizam por liderança e por influência no Golfo Pérsico. Essa competição por predominância regional é de longa data, porém se tornou especialmente significativa após a Primavera Árabe, termo que se refere a uma série de manifestações populares no Oriente Médio iniciadas nos últimos meses de 2010. Essa rivalidade é estimulada por divisões regionais políticas, religiosas e identitárias, que são capitalizadas por Teerã e Riad para expandir sua influência no Golfo. Assim, o objetivo dessa dissertação é compreender tal competição através de uma abordagem construtivista de Relações Internacionais, aplicando a Teoria dos Papéis para analisar o comportamento iraniano e o saudita nos casos da Primavera Árabe no Bahrain e no Iêmen. Os estudos de caso foram escolhidos por serem os únicos do Golfo em que ocorreram conflitos armados e por serem considerados guerras proxy entre Irã e Arábia Saudita, nas quais os sauditas apoiam os governos e os iranianos, os manifestantes. Sugere-se aqui que Teerã e Riad projetam papéis nacionais específicos que são relevantes para a análise de suas políticas externas, como o papel de bastião das revoluções para os iranianos e o de agente antiinstabilidade para os sauditas. A Teoria dos Papéis pondera que os Estados atuam de acordo com seus diversos papéis, que são construções cognitivas dos tomadores de decisão de qual identidade estatal o país deve projetar no sistema internacional. Dessa maneira, nesta dissertação objetiva-se compreender as reações sauditas e iranianas nesses dois casos através da análise de seus papéis nacionais. Como conclusão, busca-se encontrar um melhor entendimento da dinâmica de rivalidade regional do Golfo através de uma abordagem teórica pouco utilizada nesses estudos. |
Orientador: |
Vânia Carvalho Pinto |
Palavras-chave: |
Irã; Arábia Saudita; Primavera Árabe; Teoria dos Papéis |