Instituição de ensino:

Universidade de São Paulo (USP)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Leonardo Jamel Edim Falabella

Titulação:

Mestre

Ano de defesa:

2017

Link:

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-09112017-150834/pt-br.php

Resumo:

Por que a extrema direita cresce em alguns países europeus, ao passo que a esquerda radical cresce em outros? Em estudos sobre ambas as categorias de partido, testa-se frequentemente a hipótese segundo a qual eles têm janelas de oportunidade em crises. Ainda assim, pouco esforço vem sendo feito para comparar como eles se saem sob diferentes contextos econômicos. Este artigo preenche tal lacuna através de análise de dados em painel, com dados desagregados de oito países, em eleições entre 2002 e 2011. O artigo aponta que a votação da extrema direita aumenta significativamente com o desenrolar da crise de 2008, ao passo que não se encontram evidências correspondentes para a esquerda radical. Ademais, o apoio eleitoral à extrema direita é positivamente ligado a índices regionais de PIB per capita, e negativamente ligado a taxas de desemprego. Por contraste, partidos de esquerda radical se saem melhores onde o desemprego é alto. Os resultados sugerem que quedas na atividade econômica são majoritariamente benéficas à extrema direta, mas que tal efeito é crescentemente neutralizado em regiões de alto desemprego.

Orientador:

Pedro Feliú Ribeiro

Palavras-chave:

Esquerda radical; Extrema direita; Polarização; Populismo; Sucesso eleitoral