Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Gabriel Felipe da Fonseca Dizner |
Titulação: |
Mestre |
Ano de defesa: |
2015 |
Link: |
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Resumo: |
O objetivo desta dissertação é analisar a política externa dos governos Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e seus reflexos sobre a evolução da política migratória brasileira, a partir da descrição dos processos de construção da estratégia de inserção internacional do Brasil. A hipótese defendida no trabalho é de que é possível identificar influências da política externa na política migratória no período. O cotejo entre os discursos e posições oficiais e as leis e estatísticas sobre migrações permite mapear convergências entre as posições assumidas pelo Brasil nos foros internacionais em matéria de promoção dos direitos humanos dos migrantes, mas também distanciamentos, situações em que as práticas contradizem os discursos. Argumenta-se que, no caso da emigração, essa conexão se materializa por meio da extensão de serviços consulares e previdenciários aos nacionais, que atende ao duplo objetivo de contribuir para a valorização das comunidades brasileiras no exterior e, portanto, para a imagem do Brasil, e de reforçar os laços de nacionalidade e cidadania; quanto à imigração, contudo, resistências internas do governo e da sociedade ainda impedem uma atualização das normas e das políticas públicas para os migrantes. Esta dissertação conclui pela necessidade de maior discussão da agenda das migrações (emigração e imigração), a fim de que possam ser estabelecidos parâmetros que definam que tipo de política melhor atende aos interesses nacionais e de que o Brasil possa avançar nesse tema em consonância com seu histórico de receptor de migrantes e seu discurso de defesa dos direitos humanos. |
Orientador: |
Antonio Jorge Ramalho da Rocha |
Palavras-chave: |
Brasil;Política externa;Fluxos migratórios;Direitos humanos |