Instituição de ensino: |
Universidade Federal Fluminense (UFF) |
Programa: |
Estudos Estratégicos da Segurança e da Defesa |
Autor: |
Imanuela Ionescu |
Titulação: |
Mestre |
Ano de defesa: |
2014 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
O setor espacial representa um dos três eixos estruturantes da Estratégia Nacional da Defesa do Brasil (2008), envolvendo a possibilidade de desenvolvimento cooperativo internacional para que o país obtivesse acesso ao espaço. O Brasil investiu no desenvolvimento endógeno de um foguete capaz de colocar satélites no espaço, apesar das dificuldades geradas por embargos à importação de componentes do foguete e de três tentativas fracassadas de lançamento. No que tange à cooperação, por um lado, no mundo há poucos países que detêm o know how para tal tecnologia, o que reduz as possibilidades de estabelecer parcerias; por outro lado, a transferência de tecnologia exige uma contrapartida muito vantajosa. Estes dois fatores restringiram as possibilidades de cooperação. Atualmente, três países cooperam com o Brasil para o desenvolvimento de um veículo lançador que assegurará ao país o acesso ao espaço: a Rússia, a Ucrânia e a Alemanha. Para avaliar o interesse estratégico do Brasil em cooperar com a Rússia no setor espacial, usamos o marco teórico do realismo ofensivo, conforme o qual o poder é sempre relativo ao poder de outras potências e pode ser medido por meio de certos indicadores. Lidando com tecnologia dual e sensível, o poder espacial das potências é avaliado no contexto de seus poderes latente e real. A pesquisa analisa os indicadores adequados para tal setor. Medindo os três tipos de poder (latente, real e espacial), investigamos se uma potência inclui necessariamente o poder espacial no conjunto de fatores que caracteriza seu poder. A consequência desta análise reflete a necessidade de o Brasil ter acesso ao espaço para ocupar "o lugar que lhe cabe no mundo", pontuado pela END, sendo assim um ponto de partida na análise do interesse estratégico do Brasil em cooperar com a Rússia no setor espacial. Ela acaba também determinando o poder espacial da Rússia, parceiro do Brasil no setor, permitindo que se analise o interesse estratégico da cooperação com esse país. |
Orientador: |
VAGNER CAMILO ALVES |
Palavras-chave: |
Programa espacial; poder espacial; veículo lançador de satélites; cooperação russo-brasileira |