Instituição de ensino: |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Bruno Mariotto Jubran |
Titulação: |
Mestre |
Ano de defesa: |
2012 |
Link: |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/56075/000856969.pdf?sequence=1 |
Resumo: |
Em 2002, durante a visita de Fernando Henrique Cardoso a Moscou, Brasil e Rússia consagraram a expressão "Parceria Estratégica". Na mesma ocasião, a Rússia deu apoio à proposta de inclusão do Brasil como membro permamente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e, em troca, o Brasil apoiou a adesão russa à Organização Mundial do Comércio. Em 2004, Vladimir V. Putin realizou a primeira visita de um chefe de Estado russo ao Brasil, os apoios mútuos foram confirmados e um novo conceito foi adicionado às relações bilaterais: a "Aliança Tecnológica". As expectativas de cooperação bilateral pareciam bastante positivas, dada a vontade política de ambos os governos de iniciar as discussões.Porém, ao se observar a situação atual da cooperação em diversas áreas, conclui-se que a grande maioria dos projetos sequer foi iniciada. Havendo vontade política de ambos os países, o que explica a não realização desses projetos? Fatores materiais, como variação de poder dos países, bem como pressões do sistema internacional (e de outros países) podem ser relevantes para o problema. De fato, identifica-se, em alguns casos, a ingerência de terceiros países, como os EUA, em alguns projetos específicos, como no caso da cooperação espacial e militar. Teorias realistas e neorrealistas assumem que esses fatores explicariam satisfatoriamente a incipiente cooperação técnico-científica entre Brasil e Rússia. Destoando-se das teorias realistas "ortodoxas", entretanto, defendemos que outros fatores de natureza não material e aspectos de ordem doméstica foram significativos. Especificamente, percepções recíprocas errôneas dos dirigentes russos e brasileiros, bem como indefinições e instabilidades nos programas nacionais brasileiros de reaparelhamento das forças armadas (como o Projeto FXBR) e de desenvolvimento de energia nuclear, podem ser chave para entender o problema. |
Orientador: |
Raúl Enrique Rojo |
Palavras-chave: |
Brasil-Rússia; política externa brasileira; política externa russa; BRICS; parceria estratégica |