Instituição de ensino: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
Programa: |
Economia Política Internacional |
Autor: |
Miguel Henriques de Carvalho |
Titulação: |
Mestre |
Ano de defesa: |
2013 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
A dissertação de mestrado em tela é dedicada a recuperar a evolução do sistema financeiro da China entre o início das Reformas Econômicas conduzidas por Deng Xiaoping, em 1978, e a eclosão da crise financeira internacional de 2008, de forma a estabelecer os nexos financeiros que permitiram à economia chinesa lograr taxas de crescimento econômico da ordem de 10% ao ano por mais de três décadas. Este intervalo de tempo presenciou, em nome do desenvolvimento das forças produtivas, a substituição gradual da economia centralmente planificada herdada do Período Maoísta (1949-1978) pela crescente participação do mercado na organização da economia doméstica, e a progressiva integração da China na economia internacional, mantendo-se, contudo, o monopólio político exercido pelo Partido Comunista da China, sendo estas as bases do chamado “Socialismo com Características Chinesas”. Inicialmente, é realizada uma sucinta reconstituição histórica do Período Maoísta, sublinhando as tensões existentes entre o desenvolvimento das forças produtivas e as relações de produção nos quadros do socialismo. Segue-se uma breve discussão do “Socialismo com Características Chinesas”, nos termos propostos por Deng, e a análise das transformações econômicas e políticas verificadas na China entre 1978 e 2008, atentando-se para as determinações internas e externas subjacentes a este processo. A partir da delimitação destes contornos mais gerais, é investigada a evolução institucional do setor financeiro chinês, tanto do mercado bancário quanto do mercado de capitais, bem como seu papel nos marcos da nova estratégia adotada pelo país. Argumenta-se que a preservação estatal do sistema financeiro cumpriu uma função essencial tanto para a gestação da transição econômica verificada no período, como, também, em assegurar ao Estado chinês centralidade sobre a taxa de acumulação e o crescimento econômico nos marcos de uma economia paulatinamente mercantilizada e integrada à economia internacional. |
Orientador: |
ERNANI TEIXEIRA TORRES FILHO |
Palavras-chave: |
Economia Chinesa; Sistema financeiro chinês; Financiamento do desenvolvimento |