Instituição de ensino:

Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Programa:

Economia

Autor:

Heitor Simão Afonso Ambrósio

Titulação:

Mestre

Ano de defesa:

2014

Link:

http://www.ppge.ie.ufu.br/sites/ppge.ie.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Heitor%20Sim%C3%A3o%20Afonso%20Ambr%C3%B3sio.pdf 

Resumo:

O tema explica um conjunto de fatores que influência na integração comercial e nas desigualdades regionais tanto na África Austral como em Angola. Portanto, é nesta região da África que Angola faz parte onde encontramos a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Ainda que este seja o bloco econômico mais emergente do continente, ainda apresenta grandes desigualdades principalmente no campo da integração comercial, desencadeando-se num desenvolvimento socioeconômico muito lento e numa igualdade menos conjugado entre os seus membros, apesar dos esforços dos governos desta comunidade. De forma geral, os governos têm feito esforços enormes para diminuir esses efeitos, mas os indicadores ainda mostram que estão longe de alcançá-los. Relativamente às desigualdades regionais em Angola, constatou-se que devido a determinadas operações econômicas a partir de 2002, vem-se registrando aumentos significativos no Produto Interno Bruto  espelhando-se em grandes somas de riqueza que o país vem acumulando nos últimos anos. Porém, esta riqueza ainda não proporciona mudanças significativas nas infraestruturas de apoio ao desenvolvimento econômico, como por exemplo, no setor elétrico e de abastecimento de água entre outros, criando desta forma, enormes desigualdades entre as regiões, influenciando de certa maneira a qualidade de vida das populações de algumas regiões. Além do mais, os dados analisados indicam que as regiões que sempre mostraram indícios de desenvolvimento desde a colonização continuam sendo as mesmas e, é o caso da Metrópole e da região do Centro-Leste onde se encontram as principais capitais de Angola. Porém, observa-se que boa parte da riqueza do país desde a era colonial vem principalmente de regiões menos desenvolvidas como, por exemplo, a região Norte (café e petróleo como as principais fontes de riqueza do país) e Centro-Leste (principalmente nas Lundas Norte e Sul – exploração de diamantes e energia não petrolífera, etc.) criando assim um paradoxo. Apesar destas incongruências, o governo vem se mostrando muito engajado de formas a eliminar os principais fatores que tem influenciado a estas desigualdades muito marcantes entre as regiões. Assim, o trabalho tem como objetivo analisar as desigualdades regionais no contexto da África Austral e dentro de Angola, dimensionando as desigualdades no desenvolvimento econômico, com destaque a atividade econômica e de infraestrutura. Além disso, o método mais utilizado na pesquisa foi à coleta de dados através da analise de documentos, alem de livros e artigos. Alguns dos resultados indicam que em termos de trocas comerciais, os países da região não estão dispostos a trocar entre si, visto que muitas delas se encontram em desvantagens perante as outras. Em Angola, a origem das desigualdades não é de hoje, portanto, já vem de longa data, da época da colônia portuguesa e da guerra civil. Assim, recomenda-se que as regiões de África de forma geral devem unir-se e criar políticas que configuram na realidade dos países do próprio continente. Em relação Angola, o estado deve criar condições favoráveis de infraestruturas econômicas o mais rápido possível com objetivo de diminuir as desigualdades regionais.

Orientador:

Humberto Eduardo de Paula Martins

Palavras-chave:

Crescimento e Desenvolvimento Econômico; Desigualdades Regionais; Integração Econômica; SADC e Angola