Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

História

Autor:

Marcelo Vieira Walsh

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

1997

Link:

 

http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/16173/1/1997_MarceloVieiraWalsh.pdf

Resumo:

 O objetivo da presente dissertação é o de analisar a atuação do Brasil no decorrer da Crise do Atlântico Sul de 1982. Esta teve o seu início em 19 de março de 1982, com o desembarque ilegal de um grupo de sucateiros argentinos, da empresa de Constantino Davidoff nas Ilhas Geórgias do Sul (em Leigth), do Arquipélago das Malvinas/Falklands, que tem a sua soberania contetada pelo Reino Unido e Argentina desde o século XIX. O transporte do grupo de sucateiors foi realizado no navio da Armada Argentina ARA "Bahia Buen Suceso", sob as ordens do almirante Jorge Isaac Anaya - então membro da Junta Militar de Buenos Aires, dirigida pelo General Leopoldo Galtieri - como etapa preliminar de um Plano Secreto delaborado pelo Governo argentino para reconquistar o Arquipélago, que encontrava-se sob o domínio colonial do Reino Unido. No dia 2 de abril de 1982, ocorre a invasão e ocupação militar argentina das Ilhas Malvinas/Falklands, gerando tensão no cenário internacional. Diante do fato, o Brasil posicionou-se pela neutralidade, de caráter imperfeito, tendendo a favor da Argentina; no entanto, sem afetar negativamente as suas boas relações com o Governo de Londres. Apoiava-se a soberania argentina sobre as ilhas Malvinas/Falklands, condenando apenas o uso de recursos bélicos. Quer liberal (sobretudo, junto aos Estados Unidos, Reino Unido e Argentina), quer multilateralmente - na Organização dos Estados Americanos (OEA) e na Organização das Nações Unidas (ONU) - o Brasil procurou exercer papel de mediador. Além disso, o Brasil buscou zelar por seus interesses multilaterais no âmbito do Conflito Leste-Oeste, do Diálogo Norte-Sul, do sistema interamericano e da Antártida. A Guerra das Malvinas/Falklands (25/04 a 15/06/1982) acarretou implicações na concepção da Política de Defesa Nacional e no pensamento estratégico militar do Brasil referente ao Cone sul.

Orientador:

Albene Miriam Ferreira de Menezes

Palavras-chave:

Brasil; Argentina; Grã-Bretanha; Conflito; Ilhas Malvinas (Falklands)