Instituição de ensino:

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Jadna Sônia Marcos

Titulação:

Mestre

Ano de defesa:

2014

Link:

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/130924/332803.pdf 

Resumo:

As Agências de Classificação de Risco (ACRs) são importantes atores do Sistema Financeiro Internacional, fornecendo informações sobre o risco de crédito de emissores e mutuários, públicos e privados, nacionais e internacionais. As ACRs exercem autoridade nos mercados financeiros através de seus ratings sobre o risco de crédito, podendo pressionar até mesmo Estados com possíveis rebaixamentos de ratings. Para os Estados interessa seu o rating específico, chamado de rating soberano. O rating soberano pode ser uma informação positiva ou negativa para os Estados que buscam tomar empréstimos de investidores internacionais. Dentro desse contexto, a relação entre o Brasil e as ACRs não é desprezível, principalmente na última década, quando o rating soberano do Brasil alcançou um patamar histórico. Dessa forma, este estudo busca demonstrar a influência das mudanças do rating soberano brasileiro nos títulos desse país de 2002 a 2013, além de analisar o papel das ACRs nos mercados financeiros e seus argumentos para rebaixamentos e elevações do rating soberano do Brasil, influenciando a autonomia do Estado. De forma mais concreta foram analisados o título de renda fixa da dívida externa brasileira Global 2040 e o Ibovespa, representando o comportamento do mercado de ações. Adicionalmente, o EMBI+Br também foi analisado. A hipótese central do trabalho é que um anúncio de rating possui influência no rendimento dos ativos escolhidos, de acordo com a relação risco-retorno. Para alcançar o objetivo principal foi utilizada uma abordagem de curtíssimo prazo e a metodologia de estudo de eventos. A partir dessas análises, observou-se que houve influência dos anúncios positivos e negativos do rating soberano no rendimento do título Global 2040 e no EMBI+Br e nos pontos do Ibovespa, sendo os períodos mais relevantes o primeiro downgrade de 2002 e a elevação para grau de investimento em 2008, mostrando que há interferência na autonomia do Estado brasileiro pelas ACRs.

Orientador:

Fernando Seabra

Palavras-chave:

Agências de Classificação de Risco; Rating soberano do Brasil; Global 2040; Ibovespa; EMBI+Br