Instituição de ensino:

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Programa:

Direito

Autor:

Kamila Soraia Brandl

Titulação:

Mestre

Ano de defesa:

2013

Link:

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/122631/321787.pdf 

Resumo:

As relações internacionais passam por processo crescente de ampliação e complexificação como fenômeno e objeto de estudo, na medida que não mais limitam-se exclusivamente as interações entre unidades estatais. contribui, entre outros fatores, para o alargamento do espaço político e extensão das temáticas que permeiam o âmbito de atuação dos atores internacionais. Paralelamente, as unidades estatais, OIGs, ONGs e empresas transnacionais, não mais atuam como únicos agentes com habilidade, capacidade e influência. Os atores não-estatais, que formam conjunto emergente e heterogêneo, desempenham papel de notável protagonismo. O tema central deste estudo dissertativo refere-se aos atores internacionais, delimitando-se à categoria dos emergentes, particularmente, os governos não-centrais, a exemplo dos municípios e estados federados. O primeiro capítulo apresenta o conceito de ator internacional, prioriza atributos relacionais e comportamentais na formulação do referido aporte conceitual e, demonstra os critérios de classificação, tipologias e a análise dos agentes internacionais mediante os paradigmas do realismo e do pluralismo. O segundo, por sua vez, preocupa-se em contextualizar o atual cenário emergente e, contribuir com novo paradigma para as relações inter - concentrando-se na ampliação dos atores e temas das relações internacionais. O terceiro identifica os governos-não centrais e adota a abordagem da paradiplomacia, que serve como modelo para analisar a influência dos governos locais e regionais no cenário pós-internacional. Ao explorar o caso dos governos não-centrais europeus e norte-americanos, objetiva-se demonstrar tal participação no cenário internacional. Em contrapartida, no quarto, a análise das experiências particulares das cidades de São Paulo e Barcelona e da província do Quebec, aprofunda-se nos atributos de capacidade, habilidade e influência, procurando identificar as ações antecedentes que condicionam a participação não-central no cenário internacional, a caracterização das ações e as consequências, que são os resultados gerados. As considerações finais sugerem que os governos não-centrais são atores de notável protagonismo, pois influenciam as relações internacionais em diversas instâncias, adotando multiplicidade de mecanismos de inserção e atuação e em temas tão diversificados quanto seus interesses.

Orientador:

Odete Maria de Oliveira

Palavras-chave:

Atores Internacionais; Relações Internacionais; Paradigmas; Pós-internacionalismo; Paradiplomacia; Governos Não Centrais