Instituição de ensino:

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Programa:

Ciência Política

Autor:

Renata Albuquerque Ribeiro

Titulação:

Mestre

Ano de defesa:

2014

Link:

Não disponível

Resumo:

A mudança no cenário energético mundial nos últimos anos trouxe, para a pauta da política externa das principais potências, a necessidade de buscar novas formas de energia que diminuíssem a dependência em relação aos combustíveis fósseis e representassem uma alternativa a seu uso. Nesse contexto, o Brasil apresenta as condições fundamentais para liderar o debate mundial sobre energias renováveis, principalmente no que diz respeito aos biocombustíveis, pois possui larga experiência na produção e utilização dessa fonte de energia. Dessa maneira, a partir de 2003, o país passou a conceber e implementar uma série de projetos de cooperação internacional na área de biocombustíveis, visando a expandir a quantidade de países produtores desse tipo de energia, com destaque para o continente africano e o chamado "Cinturão Tropical". Porém, seguindo a lógica do aumento da complexidade da política externa que vimos nos últimos anos, esses processos não aconteceram de maneira linear e sem contradições, uma vez que diversos atores domésticos e determinantes sistêmicos influenciaram as medidas adotadas pelo governo na hora de cooperar com outros países. Partindo do pressuposto de que o interesse de empresas privadas e os objetivos estratégicos do governo brasileiro estão fortemente ligados na execução desses projetos, e utilizando a revisão bibliográfica como método, o presente trabalho tenta observar quais as bases materiais e os fundamentos políticos desses projetos de cooperação no setor de biocombustíveis. Além disso, pretende-se mapear os principais atores, seus interesses, preferências e comportamentos, e, principalmente, sua influência nas agendas de política externa brasileira neste início de século XXI.

Orientador:

CARLOS ROBERTO SANCHEZ MILANI

Palavras-chave:

política externa; Brasil; cooperação;