Instituição de ensino:

Universidade Católica de Brasília (UCB)

Programa:

Direito

Autor:

Denise Cousin Souza Knewitz

Titulação:

Mestre

Ano de defesa:

2013

Link:

http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2095 

Resumo:

A ascensão da China à condição de superpotência mundial é um acontecimento de grande relevância para as relações internacionais contemporâneas. Levando-se em consideração que a China foi a maior economia mundial durante a maior parte dos últimos três mil anos, deixando de estar entre as nações mais avançadas apenas durante um período de cem a cento e cinquenta anos, seria mais adequado referir-se ao ressurgimento da China como potência. Dessa maneira, é possível afirmar que o ressurgimento chinês pode afetar significativamente a dinâmica das relações internacionais. Para realizar uma abordagem sistêmica dos fatores que propiciaram a ascensão chinesa e verificar se estes, por sua vez, são capazes de permitir que o país se torne realmente uma superpotência, primeiramente é essencial a análise da atual potência hegemônica – os Estados Unidos da América –, verificando quais os aspectos que poderiam possibilitar essa transição de poder no sistema internacional. A hegemonia norte-americana foi conquistada no decorrer da Segunda Guerra Mundial em virtude do enfraquecimento das superpotências europeias. O crescimento da economia chinesa e o papel que desempenha nas relações internacionais mudaram drasticamente desde que Deng Xiaoping desenvolveu um processo de reformas políticas na década de 1970. A partir de então, sua economia sofreu uma das mais significativas evoluções da história recente. Em razão de sua magnitude em termos de área geográfica e população, a China tem potencial para se tornar um ator econômico global de primeira ordem. Sendo assim, seria possível afirmar que a ordem internacional continuará sendo unipolar? Ou estaremos diante de um sistema multipolar ou unimultipolar? A China ou os EUA poderiam, no contexto atual, liderar mundialmente de forma isolada? Não restam dúvidas de que os EUA e a China apresentam características individuais que poderiam identificar a manutenção ou o ressurgimento de uma superpotência hegemônica. No entanto, estamos diante de um sistema que provavelmente não vai mais admitir um único país na liderança, pois a formação de blocos econômicos regionais propiciou o surgimento de alianças que se tornaram imprescindíveis para as relações internacionais.

Orientador:

Leila Maria Da Juda Bijos

Palavras-chave:

superpotência; relações internacionais; China; economia mundial; potência hegêmonica; hegemonia norte-americana; blocos econômicos regionais; aliança