Instituição de ensino: |
Programa San Tiago Dantas (UNESP, Unicamp e PUC-SP) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Arthur Felipe Murta Rocha Soares |
Titulação: |
Mestre |
Ano de defesa: |
2016 |
Link: |
|
Resumo: |
Dois eixos estratégicos importantes vêm pautando a política externa brasileira recente: o eixo global, enfatizado no multilateralismo e nos novos arranjos mundiais, que almeja para o país a posição de potência emergente; e o eixo regional, voltado para a América do Sul, que visa aumentar sua projeção e presença ante seus vizinhos. No que concerne ao plano regional, verifica-se uma crescente participação institucional brasileira na mediação de crises, como no Paraguai (2012). Ressalta-se que a articulação brasileira perante tal evento ocorreu por meio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), expandindo a cooperação regional. Assim, a atuação do Brasil no gerenciamento de crises recentes foi o elemento motivador para estudo e análise da forma como se organiza a presença do país no contexto sul-americano atualmente. A partir do redescobrimento do espaço regional, com o marco de criação da Unasul em 2008, este trabalho objetiva verificar como a crise política paraguaia de 2012, que levou o então presidente Fernando Lugo à deposição, repercutiu na região, sinalizando o modus operandi da Unasul na gestão de crises, bem como qual foi o papel no Brasil no desenrolar dos fatos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com investigação exploratória, de fundamentação bibliográfica e documental, apoiada na leitura de periódicos regionais e, em menor medida, de fora da região, relativos à ação da Unasul e às posturas brasileiras durante as crises ocorridas no período 2008-2012, com ênfase na crise do Paraguai. Acredita-se que a Unasul vem se constituindo como instituição regional detentora da primazia na resolução de crises. Ademais, as reações brasileiras frente aos recentes processos de instabilidade política regional podem ser vistas como uma nova compreensão acerca da articulação do Brasil na América do Sul, que ocorre sempre nos fóruns multilaterais, evitando assim possíveis desgastes diplomáticos nas relações bilaterais. |
Orientador: |
Suzeley Kalil Mathias |
Palavras-chave: |
política externa brasileira; Brasil; Unasul; potência emergente; |