Instituição de ensino:

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Eth Ludmilla de Gois Vieira Nunes Rodrigues

Titulação:

Mestre

Ano de defesa:

2015

Link:

Não disponível

Resumo:

Nos últimos anos, o campo da cooperação internacional para o desenvolvimento (CID) tem passado por mudanças significativas, como a diversificação de atores e de financiamento, resultantes principalmente da crescente atuação das potências emergentes. Esse estudo tem como objetivo identificar e compreender como um ator do Norte, a União Europeia (UE), tem respondido, de modo discursivo e institucional, às mudanças na área da CID e à citada progressiva atuação das potências emergentes nela, especialmente o Brasil. Parte-se de discussões acerca das transformações no campo da CID, dando ênfase especial à ação das potências emergentes e à Cooperação Sul-Sul como desafios – entre eles, normativos - à assistência ao desenvolvimento realizada pelos doadores tradicionais, especialmente a UE. A UE é então discutida sob o prisma do conceito de potência normativa, ou seja, que atua e tem como objetivo de política externa perseguir princípios que basearam a sua criação e considerá-los universais. Assim, o Sul global seria apenas socializado às normas internacionais existentes, o que se torna inconsistente com a progressiva atuação normativa das potências emergentes. Esse ideal normativo da UE se faz presente nos seus marcos legais e na sua política de desenvolvimento, que, entretanto, tem buscado formas de se adaptar e se relacionar com as potências emergentes. Esse comportamento é identificado na relação da UE com o Brasil no campo da CID, que, ao enfrentar diversos desafios, demonstra que, na realidade, potências tradicionais e emergentes se influenciam mutuamente, ou seja, a socialização deve ser vista como um processo de via dupla.

Orientador:

ADRIANA ERTHAL ABDENUR

Palavras-chave:

cooperação internacional para o desenvolvimento (CID); potências emergentes; União Européia; Cooperação Sul-Sul; Brasil; política externa;