Instituição de ensino:

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Tamires Maria Alves

Titulação:

Mestre

Ano de defesa:

2013

Link:

Não disponível

Resumo:

Este trabalho procura entender o que levou o Irã a passar de um papel de “aliado” ao de um “inimigo” dos Estados Unidos. Busca entender como as hostilidades que passaram a existir somente entre Irã e Estados Unidos foram produzidas como uma “ameaça” para toda “comunidade internacional”. Na medida em que os Estados Unidos desempenham um papel de liderança nesta, um país que representa uma “ameaça” para os Estados Unidos passa a representar uma “ameaça pública”. O nacionalismo político Islâmico será apresentado como uma forma de resistência à lógica da modernidade. O ponto de ruptura entre estas nações ocorreu, segundo a visão norte-americana, no ano de 1979 com a chamada Revolução Iraniana – e, por conseguinte, com o sequestro da embaixada americana no Irã-, em contrapartida o momento de ruptura desta relação na visão iraniana se deu em 1953 com o Golpe de Estado que depôs o primeiro-ministro Muhammad Mossadeq. Também deve se levar em consideração que essa caracterização de um país como um todo, ou seja, sua política, religião, seus programas de desenvolvimento, etc como “ameaçadores” são um processo construtivo de valores. Este trabalho tenta desnaturalizar essa imagem “ameaçadora” que o Irã tem na “comunidade internacional”, que, cria as condições de possibilidade para práticas violentas dirigidas a esse Estado. Para isso, será utilizada a teoria pós-colonial, uma vez que os autores pós-coloniais acreditam que a dominação econômica do Ocidente sobre o Oriente, viabilizada principalmente pelo colonialismo, foi capaz de abarcar também a dominação cultural destes povos.

Orientador:

MARTA REGINA FERNANDEZ Y GARCIA MORENO

Palavras-chave:

Irã; EUA; comunidade internacional; nacionalismo político Islâmico; Ocidente; Oriente; colonialismo;