Instituição de ensino:

Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Programa:

Ciência Política

Autor:

Egmar Oliveira Souza Junior

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2011

Link:

 http://leg.ufpi.br/subsiteFiles/cienciapolitica/arquivos/files/Dissertacao_Egmar1.pdf

Resumo:

 O nosso objetivo neste trabalho é analisar a obra de Caio Prado Jr. buscando traduzir o conceito de Revolução Passiva de Gramsci a partir das interpretações do autor sobre o Brasil. Para isso explicaremos o sentido que teve nossa colonização em nossa formação e sua importância para a historiografia. Em seguida, mostraremos que no âmbito do sentido da colonização podemos observar a modernização conservadora por meio de transformações “pelo alto”, como continuidade deste sentido, e a amortização das demandas das classes trabalhadoras subalternas, sendo então características que se assemelham às de uma revolução passiva. Nesse terreno, tentaremos explicar porque a questão econômica e a questão agrária são expressões da continuidade do sentido da colonização e da revolução passiva no século XX. E por fim, situaremos o debate contemporâneo entre Caio Prado Jr. e a esquerda brasileira sobre as estratégias da revolução brasileira como a forma de superar a realidade herdada da colonização. Assim sendo, a superação do sentido da colonização por meio de uma revolução brasileira é a superação da revolução passiva no Brasil, pois, incluídos até aqui, estabelecemos metodologicamente a relação entre revolução passiva e sentido da colonização, considerando que estes dois conceitos se confluem para uma mesma tese, de acordo com as características que assinalamos na nossa hipótese, segunda à qual o conceito gramsciano pode ser encontrado nos diversos estudos e caracterizações de Caio Prado Jr. sobre o Brasil, à medida que tal análise caiopradiana aponta para os processos de cooptação e de traição de lideranças, que neutralizaram as necessidades que demandavam das classes trabalhadoras, e a continuidade do “sentido da colonização”, significando uma forte modernização conservadora “pelo alto”.

Orientador:

Ricardo Alaggio Ribeiro

Palavras-chave:

Sentido da Colonização; Modernização Conservadora; Classes Subalternas; Revolução Passiva; Revolução Brasileira