Instituição de ensino: |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
Programa: |
Ciência Política |
Autor: |
Rafael Mesquita de Souza Lima |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2015 |
Link: |
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Resumo: |
Este trabalho analisou a atualização da identidade internacional do Brasil. Historicamente definido como periférico e subdesenvolvido, o país desempenhou na década passada uma política externa assertiva intentando suplantar tal imagem por uma nova identidade: a de potência emergente. Embasado no construtivismo, o estudo considerou identidades como fenômenos simbólicos e intersubjetivos, cuja efetivação depende do consenso em torno de visões de mundo. Assim, para avaliar o êxito deste novo projeto identitário, buscou-se, primeiramente, caracterizar qual a identidade construída pelo discurso governamental para o Brasil emergente; e, em seguida, compará-la com o discurso da imprensa nacional e estrangeira, por ser este ator primordial na representação da realidade internacional. Através da Análise de Discurso Francesa, foram analisados 37 pronunciamentos dos principais elaboradores e executores da política externa (Presidente da República e Ministro das Relações Exteriores) e 136 textos de dois periódicos nacionais e dois internacionais acerca de duas ações diplomáticas representativas da busca brasileira por proeminência: a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, chefiada pelo Brasil desde 2004, e o Acordo Nuclear assinado em 2010 com Turquia e Irã. Concluiu-se que o discurso governamental caracterizou o Brasil emergente principalmente pela diplomacia Sul-Sul, com variações de ênfase entre os episódios. O discurso da imprensa foi mais heterogêneo, sendo a formação discursiva e leitorado de cada veículo determinantes na identidade atribuída ao Brasil. |
Orientador: |
Marcelo de Almeida Medeiros |
Palavras-chave: |
Construtivismo, Identidade Internacional do Brasil, Política Externa Brasileira, Análise de Discurso, Jornalismo |