Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
História |
Autor: |
Gabriela Lafetá Borges |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2002 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
Resumo: Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), como os grandes teóricos políticos do seu tempo, faz apelo final a um grande homem da política, capaz de instaurar e perpetuar o "espírito" de um contrato. Neste trabalho, sem que se descarte o contexto histórico, político-intelectual, de que Rousseau fala, mas, antes acolhendo-o como condição de possibilidade das questões envolvidas, ocupa-se do Legislador rousseauniano em primeiro plano. Um legislador tomado como necessário aos princípios do direito político de que trata o Contrato Social e para o qual Rousseau reserva o instante quase mítico da fundação do Estado. Deste instante, toda a questão emerge: dar ao pacto social um caráter inaugural, fundador. Rousseau situa o seu Legislador precisamente no instante que funda um projeto não-revolucionário, mas conservador; e de um 'conservadorismo antigo' cuja função suprema é a mesma da educação e do direito: restaurar a totalidade social em torno de uma liberdade ética. É assim, que se busca na ética antiga, particularmente aquela apontada por Plutarco de Queronéia (50-120), idéias, preceitos e Vidas de varões da história que ajudaram a configurar o Legislador do Contrato; a fim de compreender, por esta fonte, o que Rousseau tentava articular em torno de sua mais "abstrata" face legislativa. O Legislador se mostra, ainda, neste trabalho, como figura teórica capaz de evidenciar os pressupostos fundamentais da teoria rousseauniana. Ao se colocar como solução para um projeto de constituição do espaço público, o Legislador evidencia problemas a partir dos quais é proposta a tarefa: acolhê-los como princípio norteador e fator instigante de uma investigação possível, de muitas, entre história e filosofia. E, de onde singularidades históricas dispõem-se num contexto relevante e atual pela inquietação da escrita. |
Orientador: |
Estevão Chaves de Rezende Martins |
Palavras-chave: |
Rousseau; Teoria política; Pensamento |