Instituição de ensino:

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Frederico Rios Cury Dos Santos

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2015

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Resumo:

 O trabalho tem como objetivo verificar, através do cinema, a mudança de concepções, discursos, imaginários, crenças compartilhadas, estereótipos, representações, a figura do desejável e do indesejável, do dentro e do fora, do amigo e do inimigo em duas épocas marcantes nas Relações Internacionais: o período do entreguerras e o período pós-Segunda Guerra Mundial. No entreguerras, presenciou-se uma crise generalizada no mundo capitalista, crise essa que atingiu seu ápice no episódio da quebra da Bolsa de Nova York. A partir desse momento, assistiu-se à emergência e acolhida de discursos que visavam legitimar o chamado Welfare State, conhecido pela apologia ao intervencionismo estatal na economia. Esse modelo de Estado foi buscar sua inspiração no discurso socialista, que tinha como lastro o modelo de economia planificada da União Soviética, esta refratária à crise econômica mundial. O segundo período sob análise será o da Guerra Fria, caracterizado pela desautorização do discurso socialista não somente no nível governamental e legislativo nos Estados Unidos, com a Comitê de Atividades Anti-Americanas e o Tribunal Macarthista, mas também no interior da sociedade americana em específico e do mundo capitalista em geral. Tanto é assim que muitos dos expurgos e perseguições a suspeitos de pactuar com os ideais socialistas e afrontar o valor do Estado Mínimo, na época considerado a essência da americanidade, davam-se pela via da denúncia anônima. A análise do trabalho versará sobre dois filmes de Elia Kazan representativos dessas épocas: “Rio Violento”, cujo contexto é o do entreguerras, e “Sindicato de Ladrões”, que se passa durante a Guerra Fria. Para isso, a Análise do Discurso e a Argumentação aplicadas ao cinema serão as ferramentas de trabalho. O marco teórico da pesquisa situa-se no interior do que se entende por pós-positivismo em Relações Internacionais, tendência teórica que privilegia os estudos discursivos nas ciências humanas, por conceber a realidade enquanto escritura, enquanto discurso.

Orientador:

Otavio Soares Dulci

Palavras-chave:

Pós-Positivismo; Análise do Discurso; Entreguerras; Guerra Fria. Elia Kazan