Instituição de ensino:

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Leví Salomão Matsinhe

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2011

Link:

 

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/29398/000776514.pdf?sequence=1

Resumo:

 A trajetória de Moçambique desde a independência, ocorrida em 1975, até 2009 foi marcada pela transição de uma economia centralmente planificada (socialista) para uma economia de mercado (capitalista). A transição para o capitalismo abriu espaço para financiamentos de Ajuda Externa ao Desenvolvimento das Instituições de Bretton Woods (Banco Mundial – BM e Fundo Monetário Internacional – FMI) e Investimentos Estrangeiros Diretos em forma de mega-projetos das corporações multinacionais em Zonas Francas Industriais e Zonas Econômicas Especiais. Entretanto, a aliança da elite nacional como o capital estrangeiro favoreceu a corrupção, a transferência de lucros das multinacionais para os países de origem, fazendo com que a Ajuda Externa ao Desenvolvimento e os Investimentos Estrangeiros Diretos não produzissem desenvolvimento econômico e bem-estar social, com se pretendia que fosse. Este estudo identificou o Ajustamento Estrutural, a Ajuda Externa ao Desenvolvimento, a corrupção e as Zonas Francas Industriais como os principais vilões da situação de pobreza em que Moçambique se encontra e concluiu que Moçambique nunca irá reduzir a pobreza de forma significativa, contando apenas com ajuda externa, mega-projetos, investimentos estrangeiros e ZFI. O que se pensava que seria o remédio para a saída do marasmo do subdesenvolvimento de Moçambique, (portanto, a ajuda, mega-projetos e ZFI) tornou-se um obstáculo ao desenvolvimento do país.

Orientador:

Maria Susana Arrosa Soares

Palavras-chave:

Cooperação internacional; Desenvolvimento econômico; Investimento estrangeiro; Moçambique; Zonas francas