Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Marcel Carrijo de Oliveira |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2010 |
Link: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/9081 |
Resumo: |
Este estudo foi realizado com o intuito de analisar as interações entre o arcabouço teórico referente à atividade de Inteligência e a evolução dos serviços a ela dedicados em Argentina e Brasil. A metodologia proposta conjuga os métodos comparado e analítico-dedutivo com a análise histórica e o estudo de casos. Buscou-se, assim, demonstrar as trajetórias históricas percorridas pela Inteligência nos dois países, até a presente configuração em Secretaría de Inteligencia e Agência Brasileira de Inteligência. Foi possível concluir a partir dessa descrição que a atividade na Argentina foi e parece ainda ser matizada por um forte viés político, contraditoriamente incentivado principalmente pelos regimes democráticos, inclusive no recente processo de (re)democratização. No caso brasileiro, percebeu-se um relativo abandono da atividade, carente de autoridade e responsabilidades, que ainda vive um processo de enquadramento político e moral frente à sociedade. Ao comparar os dois casos, destacou-se a limitada correspondência entre a "teoria" de Inteligência e a prática nesses países, em especial com relação ao foco da atividade, em ambos os casos prioritariamente interno. Em ambos os casos, a atividade não é reconhecida como parte das relações internacionais do país, ou como instrumento de poder. Enfim, asseverou-se que as tentativas de mudança nessas estruturas estão repetidamente condicionadas à inépcia técnica ou falta de vontade política das elites governamentais, que no caso argentino parecem preferir a instrumentalização da Inteligência e no caso brasileiro adiar uma solução pragmática do problema. |
Orientador: |
Alcides Costa Vaz |
Palavras-chave: |
Serviço de inteligência; Argentina; SIDE; Agência Brasileira de Inteligência; Brasil; ABIN |