Instituição de ensino: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
Programa: |
História |
Autor: |
Tania de Souza Bastos |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2001 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
A presença e a influência britânica no Brasil há muito constitui tema importante dos estudos de história política e econômica. No campo da história cultural, contudo, o contato com os ingleses e sua cultura material ainda apresenta espaços a serem preenchidos por uma discussão que contemple a síntese em um universo em constante expansão e fragmentação. Os Tratados de Aliança e Amizade, e de Comércio e Navegação, firmados em 1810 entre Portugal e Inglaterra, constituíram as bases das políticas externas dos dois países no momento em que o Brasil tornara-se a parte mais importante do reino. Tais tratados, por todos os privilégios políticos e comerciais que concediam aos britânicos, acabaram por atrair indivíduos de origem nada homogênea. Os ingleses que aqui vieram, diplomatas, cientistas, artistas e comerciantes, eram protestantes, dominavam a leitura e a escrita de seu idioma e eram dotados de habilidades técnicas. Encontraram luso-brasileiros católicos, largamente analfabetos e escravocratas. O confronto entre esses dois mundos não poderia deixar de gerar transformações no cotidiano dos nativos, que até então tinham somente a metrópole como referência dos gostos europeus. O Brasil, que no âmbito das relações internacionais era a moeda que garantia a integridade do reino de Portugal, passara a ser, então, não só o depositário das esperanças da perpetuação da Casa de Bragança no poder, mas também das manufaturas e da cultura intelectual britânicas, conforme atestam a iconografia da época, os anúncios de jornais, os relatos de viajantes a até mesmo as correspondências diplomáticas. |
Orientador: |
Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves |
Palavras-chave: |
Poder imperial; Política externa; Comércio; Cultura |