Instituição de ensino:

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Programa:

Geografia

Autor:

Jorge Paulo Pereira dos Santos

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2010

Link:

http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1757 

Resumo:

 Este trabalho se inscreve na interface entre Geografia, História e Política. Apesar do amplo debate que cerca a Geografia Histórica e sua definição, como o apresentado por Chris Philo (1996) quando coloca a impossibilidade de existir esta área de especialização, uma vez que tanto a Geografia quanto a História são ciências horizontais, “o mistério da Geografia Histórica”, várias pesquisas têm sido realizadas na Geografia, pelo menos nos últimos 20 anos no Brasil, fortalecendo esta entrada de investigação. A importância do Rio de Janeiro desde o início do século XVI ocorre como um dos pontos estratégicos do Atlântico Sul. Por esta ocasião, as expedições de Solis e Fernão Magalhães nos idos da década de 1530 já utilizavam este ponto do território para fazer aguada e descansar antes de partirem para a tão cobiçada bacia do Rio da Prata. Na análise preliminar pode-se verificar que as invasões francesas de 1710 e 1711 serviram como um importante evento para o controle territorial da América Portuguesa. A pesquisa bibliográfica e documental realizada, conforme poderá ser verificada ao longo dessa dissertação, confirma também a importância dessas invasões no controle militar mais efetivo na porção sul da colônia. Objetivo deste trabalho é mostrar como essas duas invasões francesas impactaram na organização do sistema defensivo do Rio de Janeiro e de sua hinterlândia, contribuindo para repensar a reorganização desse sistema. Vale ressaltar que essas invasões francesas tiveram impactos diferentes. A invasão de 1710, comandada por Duclerc foi um evento no qual os portugueses saíram vencedores, impedindo que a guarnição francesa tomasse e saqueasse cidade. Enquanto, que a invasão liderada por Trouin, em 1711, obteve maior sucesso, seqüestrando a cidade e mantendo-a como refém, exigindo dos portugueses o pagamento para reintegrá-la a jurisdição lusitana.

Orientador:

Mônica Sampaio Machado

Palavras-chave:

Invasão francesa; Rio de Janeiro; Século XVIII; Geopolítica; Fortificação