Instituição de ensino: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) |
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Programa: |
Relações Internacionais |
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Autor: |
JOAO VICTOR PINTO DUTRA |
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Titulação: |
Mestrado |
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Ano de defesa: |
2015 |
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Link: |
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Resumo: |
As mudanças ocorridas na Rússia desde a eleição de Vladimir Putin são marcantes tanto nas esferas materiais como simbólicas. No plano sociológico é possível observar o aparecimento de uma masculinidade hegemônica e hipermasculina, que estabelece uma hierarquia e ordem na sociedade. Assim, é importante o questionamento sobre quais alicerces a política se sustenta e em que medida essas relações se articulam tendo em vista a criação de uma determinada ordem social produzida que marginaliza, exclui e hierarquiza. Desta maneira, o Estado como prática das relações de poder constrói dicotomias e espaços de autorização e exclusão que, em última instância são condições de possibilidade da agência política. Com as Revoluções Coloridas, a possibilidade de uma “intervenção estrangeira” por dentro do regime transformou-se numa paranoia constante. O ocidente, então aparece como um espaço moral de ameaças e perigos; mais que isso, aceitar e defender um estilo de vida ocidental torna-se um exemplo de anti-patriotismo e objeto da definição de limites tanto internos como externos. Nesse sentido, podemos estabelecer uma relação entre a formulação da Política Externa/política externa no estabelecimento de ameaças e perigos para uma determinada narrativa sobre a Rússia. Por isso, a matryoshka é uma figura excepcional: bonecas que definem as fronteiras uma das outras sucessivamente, mas que sempre guardam alguma coisa dentro de si. A ascensão de Vladimir Putin e as narrativas políticas que lhe são capilarizadas perpassam necessariamente questões sociais e políticas essenciais para as Relações Internacionais: segurança e perigo, interno e o externo, autoridade e exclusão. |
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Orientador: |
MONICA HERZ |
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Palavras-chave: |
Gênero; comunidade política; Segurança |