Instituição de ensino: |
Universidade de São Paulo (USP) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
José Antonio Geraldes Graziani Vieira Lima |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2015 |
Link: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-27072015-134431/publico/Jose_Antonio_Geraldes_Graziani_Vieira_Lima.pdf |
Resumo: |
Por meio de dois artigos, um de revisão bibliográfica e outro de pesquisa empírica, este trabalho busca examinar os impactos para o Egito, e as repercussões para o Oriente Médio, da ascensão da Irmandade Muçulmana ao poder após a deposição de Hosni Mubarak, ditador egípcio durante três décadas. O caso do Egito é o objeto da pesquisa pois exemplifica de forma cristalina como as aberturas democráticas nos países árabe-muçulmanos representam um enorme desafio para essas sociedades. A atuação da Irmandade Muçulmana em um ambiente de liberdade era aguardada por observadores dentro e fora do Oriente Médio pois, como principal movimento adepto do chamado islã político, seu sucesso ou fracasso poderiam indicar a possibilidade de êxito na construção das democracias locais, uma vez que parece inevitável o islamismo, como sinônimo de islã político, ser o primordial beneficiário da ruína dos regimes despóticos que grassam na região. Como base para esta análise, o primeiro artigo busca, por meio de uma revisão bibliográfica da história e da ideologia da Irmandade Muçulmana, desde sua fundação, em 1928, as explicações para o comportamento do grupo após a queda de Mubarak. O segundo artigo, por sua vez, estuda a conduta da política externa do Egito e reconstrói a forma como a ditadura de Mubarak desempenhava suas relações exteriores, comparando esta com a política externa do Egito durante o governo de Mohamed Morsi, irmão muçulmano eleito presidente do país em junho de 2012. Por fim, o segundo artigo busca entender os impactos provocados pelo período de governo da Irmandade Muçulmana na política externa do Egito na fase seguinte, após a deposição de Morsi (julho de 2013), em que o país passou a ser liderado pelo marechal Abdel Fattah al-Sissi, cujas ações na seara internacional são manifestamente tomadas em oposição não apenas à Irmandade Muçulmana, mas a qualquer elemento que possa ser identificado com o islã político. |
Orientador: |
Peter Robert Demant |
Palavras-chave: |
Islamismo; Irmandade Muçulmana; Egito; Oriente Médio |