Instituição de ensino:

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Programa:

Direito

Autor:

Geovane Lopes de Oliveira

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2008

Link:

 Não disponível

Resumo:

 A presente dissertação tem por objetivo a análise do conceito de cidadania mundial. Este conceito remonta aos estóicos na Grécia Antiga, mas ganha novo fôlego e nuances nas teorias jurídica e política contemporâneas a partir do ensaio de mudança da ordem internacional após a Segunda Guerra Mundial, com o esmaecimento das fronteiras estatais em razão da globalização, com a mitigação da idéia de soberania nacional e com a reafirmação do papel dos direitos humanos como fundamento de validade e limite da atuação dos Estados e dos novos atores políticos na esfera internacional. O estudo parte de uma breve reconstrução histórica do conceito pela qual se constata a relação intestina entre cidadania mundial e cosmopolitismo. A partir desta constatação serão destacadas as falhas na assunção do universalismo cosmopolita como pressuposto da idéia de cidadania mundial e seu caráter excludente, bem como o equívoco da crença na construção de um mundo pós-político que supere as diferenças em nome de um consenso racional universal. Com base nisso, será proposta uma releitura do conceito de cidadania mundial amparado em outro pressuposto, qual seja, a democracia radical, tentando resgatar o Político como momento fundamental de construção de uma ordem mundial pautada pelo respeito ao pluralismo e pela necessidade de ampliação da democracia.

Orientador:

Bethânia de Albuquerque Assy

Palavras-chave:

cidadania mundial; cosmopolitismo; democracia radical