Instituição de ensino:

Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (Unesp)

Programa:

História

Autor:

André Luís Gonzaga

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2008

Link:

 

http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/93372/gonzaga_al_me_assis.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Resumo:

 O objetivo da pesquisa foi analisar a participação do Brasil na questão da partilha da Palestina, no âmbito da ONU, pela perspectiva dos jornais O Estado de S. Paulo e Correio da Manhã, apoiado em fontes conservadas no Arquivo Histórico do Itamaraty e no CPDOC, abrangendo o período de 1945-1951. A política externa brasileira buscava aumentar a representatividade do Brasil na nova ordem geopolítica formada após a Segunda Grande Guerra. Por isso, apoiava as propostas norte-americanas nas Nações Unidas. Inclusive o voto brasileiro a favor da partilha da Palestina, na ONU, foi entendido como resultado do alinhamento aos EUA. Os jornais O Estado de S. Paulo e Correio da Manhã deram atenção especial para a questão Palestina. Enquanto que o jornal paulista demonstrava apreço pela posição israelense, uma vez que havia sido decidido de maneira democrática pela ONU a criação do novo Estado, o jornal carioca mostrava-se solidário, mas de maneira tímida, aos palestinos. Com relação às ações da diplomacia brasileira na ONU, o jornal O Estado de São Paulo expressou sua crítica em relação ao desempenho da delegação brasileira. Afirmava que os diplomatas responsáveis por traduzir os anseios e opiniões dos brasileiros na organização internacional estavam mais preocupados com êxitos particulares. O Correio da Manhã observava a questão de outro ângulo. Defendia a diplomacia brasileira e o chefe da delegação do Brasil na ONU, Oswaldo Aranha, oferecendo ao leitor outra interpretação acerca do passado e do presente do principal representante brasileiro nas Nações Unidas. Após a criação do Estado de Israel as relações entre árabes e judeus retrocederam. As guerras, os conflitos diplomáticos e a fragilidade dos acordos ainda assolam o Oriente Médio. Para se compreender os litígios entre árabes e judeus é preciso voltar no tempo, no período da discussão e legitimação do Estado de Israel. Na convicção de que o caminho para a paz na região médio-oriental passa pelo respeito à resolução nº 181 da ONU, que estabeleceu os limites territoriais entre palestinos e israelenses e a internacionalização de Jerusalém, a presente pesquisa apresentou um panorama do conflito na certeza de que quando se aprende com o passado criam-se perspectivas positivas para o futuro.

Orientador:

Clodoaldo Bueno

Palavras-chave:

Imprensa brasileira; Diplomacia brasileira; ONU