Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Antouan Matheus Monteiro Pereira da Silva |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2013 |
Link: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/13650 |
Resumo: |
A ordem internacional pós-Guerra Fria é instável, transitória e complexa. Coexistem elementos de unipolaridade e de multipolaridade. No âmbito militar, por exemplo, a superioridade norte-americana é incontestável. No plano econômico, no entanto, há uma maior difusão de poder, processo que se estende desde a década de 1970. Nos anos 2000, deu-se destaque ao lugar dos países emergentes nesse processo de desconcentração. Mais especificamente, chamou a atenção o potencial de crescimento de Brasil, Rússia, Índia e China, unidos sob o acrônimo BRIC no ano de 2001 pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O’Neill. Segundo o grupo de investimentos, os BRICs superariam as economias do atual G-7 nas próximas décadas, alterando o panorama econômico internacional. Em paralelo ao conceito econômico, surgiu o agrupamento político formado pelos quatro países. Brasil e Rússia foram os principais articuladores para que o mecanismo tomasse forma, a partir de 2006, e para que houvesse a elevação do nível de diálogo em 2009, com a I Cúpula BRIC. Este trabalho tem como objetivo compreender os objetivos da política externa do governo Lula (2003-2010) na construção e no fortalecimento do mecanismo inter-regional. A hipótese apresentada é a de que a diplomacia brasileira engajou-se na iniciativa BRIC com o intuito de reforçar a transição para uma ordem multipolar pautada pelo multilateralismo da reciprocidade. |
Orientador: |
José Flávio Sombra Saraiva |
Palavras-chave: |
BRIC; Política externa brasileira; Governo Lula; Universalismo; Multipolaridade; Multilateralismo da reciprocidade |