Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Luiz Felipe Pereira Doles

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2012

Link:

 http://repositorio.unb.br/handle/10482/11153

Resumo:

 Os ataques terroristas de 11 de setembro trouxeram à tona mais uma vez os vínculos entre o neoconservadorismo e a política externa norte-americana. A bibliografia refere-se a temas como o unilateralismo e a chamada exportação da democracia como características desse pensamento, além de afirmar que há relações entre sua suposta origem intelectual na academia norte-americana, mais precisamente Leo Strauss, e sua doutrina política recente. Qual a influência de Strauss e suas idéias na política externa contemporânea? Com o intuito de responder essa pergunta de pesquisa, o trabalho possui três partes: na primeira discute-se as principais idéias do autor; na segunda explora-se o neoconservadorismo nas décadas de 1970 e 1980, em dois de seus principais nomes - Irving Kristol e Jeane Kirkpatrick; na última parte, realiza-se um apanhado do neoconservadorismo a partir do fim da Guerra Fria, privilegiando, aspectos como a democracia e o unilateralismo. Essa divisão busca dar historicidade aos conceitos defendidos pela política externa norte-americana, por meio da recorrente crítica ao realismo e à ONU, além de privilegiar aspectos específicos, em que se acredita haver alguma relação entre seus godfathers e sua manifestação política mais recente, em detrimento de uma análise exaustiva de discursos e descrições da política externa. Espera-se, ao fim do texto, mostrar os vínculos de uma filosofia política e o exercício do poder na esfera internacional, além de corroborar a hipótese inicial de que a forte crítica intelectual promovida no âmbito do pensamento neoconservador seria o lastro de seu notável, ainda que fracassado, alcance político.

Orientador:

José Flávio Sombra Saraiva

Palavras-chave:

Leo Strauss; Neoconservadorismo; Estados Unidos - Relações exteriores; Doutrina Bush