Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Andréa Dias Oliveira

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

1998

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Resumo:

Surgidas neste século, as organizações internacionais, como as conhecemos hoje (de cunho universal, político e institucional), aumentaram em número e expandiram suas agendas no decorrer das últimas décadas. Torna-se relevante, nesse contexto, vislumbrar que tipo de organização será adequada para fazer face aos problemas advindos das transformações no cenário mundial, em especial com o fim da Guerra Fria. No cerne desse debate está a convicção de que, no final do século XX, a reflexão sobre as organizações internacionais não se restringe às relações entre estados. Trata-se, na verdade, de entender uma realidade em que proliferam atores e fluxos transnacionais. O papel da teoria nessa empreitada é muito limitado. O presente trabalho tem como objeto de estudo a Organização das Nações Unidas (ONU) e as perspectivas de adaptação dessa instituição internacional ao cenário mundial contemporâneo. São vários os desafios que a ONU enfrenta. Entre eles figuram a redefinição, ou mesmo a substituição, de conceitos fundacionais, como soberania e segurança; a reestruturação de programas e de agências para que trabalhem de forma coordenada, contendo o avanço da fragmentação; a resposta efetiva a conflitos intra-estatais; o financiamento e a incorporação de atores não-estatais ao sistema da organização. Com o objetivo de delimitar a pesquisa, são analisados dois relatórios de propostas de reforma para a ONU, elaborados por dois grupos independentes: Comissão sobre Governança Global e Grupo de Trabalho Independente sobre o Futuro das Nações Unidas. Em comum, esses grupos têm algumas particularidades: são financiados por instituições públicas e/ou privadas, mas não se vinculam a um Estado ou a uma organização em particular. Atuam de maneira independente e são compostos por indivíduos de diversas nacionalidades, com perfis profissionais variados (os membros provêm dos setores público e privado) —daí o seu caráter transnacional e plural. No final do trabalho, discorre-se sobre o processo de reforma em andamento na organização. Assim, há condições de avaliar em que medida as propostas dos grupos independentes têm repercussões no processo de reforma em curso.

Orientador:

Eduardo Viola

Palavras-chave:

ONU; Organizações intergovernamentais