Instituição de ensino:

Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (CEBELA)

Programa:

Relações Internacionais para a América do Sul

Autor:

João Paulo Saraiva Leão Viana

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2011

Link:

 http://www.nacionalidades.net/textos/JPS.pdf

Resumo:

 A presente dissertação busca compreender a ascensão dos movimentos indígenas

ao poder na Bolívia, a partir da eleição de Evo Morales para a presidência boliviana

no ano de 2005, pelo Movimento Ao Socialismo. A hipótese central do trabalho é de

que, ainda que de forma desordenada, os indígenas participaram ativamente dos

principais momentos constitutivos do Estado boliviano, organizando-se nos

sindicatos a partir da década de 20 do século passado, com a formação do

proletariado mineiro, e politicamente, com maior intensidade entre os anos 30 e 40,

no momento posterior à Guerra do Chaco, consolidando-se no poder no início do

século XXI. A realização de um histórico, que analise desde a independência

boliviana em 1825 até a Revolução Nacional de 1952, buscou compreender o

quadro de exclusão secular e submissão indígena imposta pela minoria branca. Num

segundo momento, fez-se necessário empreender análise sobre as raízes do

fenômeno populista latino-americano, expresso no ideário do aprismo e as

experiências clássicas do varguismo e do peronismo. E no caso boliviano, a

Revolução Nacional de 1952, liderada pelo Movimento Nacional Revolucionário e

posteriormente os regimes militares que se sucederam de meados dos anos 60 ao

início dos anos 80. A comparação com esse período torna-se essencial pela

freqüente denominação de “neopopulismo” que vem sendo utilizada para classificar

o governo Morales. Por fim, analiso a emergência indígena ao poder, e a construção

do Nacional-popular e do Indigenismo, a partir do esgotamento da Democracia

Pactuada e os episódios da Guerra da Água e da Guerra do Gás durante o

qüinqüênio (2000-2005) que marcaram o colapso do modelo anterior, sendo

sucedido pela eleição de Morales à presidência em 2005 e a promulgação da

Constituição Política do Estado em 2009.

Orientador:

Antonio Carlos Peixoto

Palavras-chave:

Bolívia; Governo; Populismo e Neopopulismo; Evo Morales; Nacional-Popular; Indigenismo