Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Seme Taleb Fares |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2007 |
Link: |
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2560 |
Resumo: |
Propõe-se neste estudo analisar as relações entre o Brasil e o Iraque, de 1973 a 2007. Para tanto, são examinados os aspectos sociais, culturais e, principalmente, econômicos e políticos do relacionamento bilateral. Primeiramente, argumentar-se que tais relações foram fortemente condicionadas pela estrutura internacional e, em menor medida, pelo que ocorria internamente em cada um dos dois países. Buscou-se demonstrar que dentro da lógica do pragmatismo, do universalismo e da diplomacia econômica brasileira, os países do Oriente Médio, incluindo o Iraque, adquiriram importância fundamental para o Brasil após a primeira crise do petróleo. Com isso, os vários órgãos brasileiros envolvidos nas relações com o Iraque, que não se limitaram ao Itamaraty, se esforçam em utilizar as compras de petróleo iraquiano como instrumento para as exportações do País, em busca da diminuição dos déficits ao Brasil na sua balança comercial com o Iraque, dada a oportunidade comercial aberta. Com o passar dos anos, o Iraque se tornou o principal fornecedor de petróleo ao Brasil, revelando-se, portanto, vital para a economia brasileira. Ao lado disso, os planos de adensamento das relações entre os dois paí¬ses revelaram-se de médio e longo prazos. Foram analisadas também as diversas fases por que passou o relacionamento entre o Brasil e o Iraque. Nesse aspecto, o estudo procurou indicar a existência de uma fase caracterizada por um forte componente estratégico, em que o Iraque se tornou o principal comprador de armas do Brasil e um importante parceiro no campo nuclear, que, neste caso provavelmente, possuía finalidade militar. À medida que a dependência do petróleo iraquiano para a economia brasileira foi diminuindo, o interesse do Brasil no Iraque foi decrescendo. Ao final, conclui-se que, após a invasão do Kuwait, em 1990, e da adoção do embargo comercial contra o Iraque imposto pela ONU, o relacionamento brasileiro-iraquiano ficou praticamente sUniversidade de São Paulo (USP)enso até a invasão do país em 2003, quando o Brasil ensaiaria uma retomada das relações com seu antigo parceiro, em condições bastante diversas daquela do passado. |
Orientador: |
Antônio Carlos Moraes Lessa |
Palavras-chave: |
Indústria petrolífera; Brasil - Política e governo; Brasil - Relações exteriores - Iraque; Oriente Médio |