Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Mariana Costa Guimarães Klemig

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2014

Link:

 http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/16243/1/2014_MarianaCostaGuimaraesKlemig.pdf

Resumo:

 Nos últimos anos, o Brasil tornou-se um ator de relevo no cenário da Cooperação

Internacional para o Desenvolvimento. O status do Brasil no regime da cooperação

internacional é misto: ainda é grande receptor de projetos de assistência, mas cada vez mais

presta assistência a terceiros países. A posição brasileira é identificada no quadro da

cooperação sul-sul (CSS), e afirma-se que o Brasil pratica uma cooperação horizontal, guiada

pela demanda dos países receptores e sem condicionalidades. Essa pesquisa procurou

entender os motivos alegados pelos agentes de política externa brasileira para justificar o

princípio da ausência de condicionalidades, em oposição à prática dos doadores tradicionais.

Argumenta-se que a posição brasileira baseia-se em três fatores: 1) no histórico do Brasil

como receptor da assistência e consequente percepção crítica das condicionalidades como

uma prática intrusiva; 2) nas críticas que entendem que as condicionalidades, praticada ao

longo de sessenta anos pelos doadores tradicionais, não atingiram os resultados esperados e

agravaram, em muitos casos, a condição socioeconômica dos países receptores; 3) na

percepção de que, como “novo doador”, o Brasil pode ter uma vantagem competitiva na área

ao distanciar-se do modo tradicional de cooperação baseado em condicionalidades. Esses

elementos são abordados em perspectiva sistêmica, procurando sempre cotejar essa opção de

política externa com a consecução dos interesses do Estado brasileiro.

Orientador:

Eiiti Sato

Palavras-chave:

Cooperação sul-sul; Desenvolvimento econômico; Política externa brasileira