Instituição de ensino:

Programa San Tiago Dantas (UNESP, Unicamp e PUC-SP)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Leandro Nogueira Monteiro

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2007

Link:

http://www.santiagodantassp.locaweb.com.br/novo/dissertacoes-e-teses/item/download/4_d43aa7c5fb09dc1a154ed17f81a32b67.html

Resumo:

 As concepções de fraqueza e de fracasso estatais, nos moldes das acepções utilizadas atualmente no debate acadêmico e no discurso político, vêm-se desenvolvendo desde a década de 1980, fundadas mais especificamente nas idéias apresentadas por Robert H. Jackson em seu “Why Africa’s Weak States Persist: the Empirical and the Juridical in Statehood”, de 1982 (em parceria com Carl Rosberg), e seu Quasi States: Sovereignty, International Relations and the Third World”, de 1990. Não obstante, foi no pós-Guerra Fria que importantes fatores conjunturais contribuíram para a estruturação do conceito de “Estado fracassado” e para a popularização de seu uso, em ambos ambientes acadêmico e político. Entre esses fatores destacam-se, nomeadamente, a influência dos paradigmas liberais no imediato pós-Guerra Fria e os conseqüentes debates sobre soberania, intervenção e direitos humanos, que forneceram uma base intelectual consistente; e os eventos do 11 de setembro de 2001 e seus desdobramentos, que reforçaram a securitização do termo. Este trabalho procura, em primeiro lugar, traçar um breve histórico da utilização do conceito de Estado fracassado no pós-Guerra Fria. Em segundo lugar, busca apresentar a conceituação do fracasso estatal tal como desenvolvido pela literatura, iluminando aqueles eixos conceituais que provém unidade às diferentes definições de fracasso estatal. Em terceiro lugar, pretende apresentar algumas das implicações do desenvolvimento desse conceito sobre o corpo teórico da disciplina de Relações Internacionais, com ênfase no Liberalismo, no Realismo e no Pós-Positivismo.

Orientador:

Flávia de Campos Mello

Palavras-chave:

Estados fracassados; Teoria das Relações Internacionais