Instituição de ensino:

Programa San Tiago Dantas (UNESP, Unicamp e PUC-SP)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Ana Paula Lage de Oliveira

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2012

Link:

http://www.santiagodantassp.locaweb.com.br/novo/dissertacoes-e-teses/item/download/93_fc35dbcd5ba73bfe3d7815f33016e2d7.html

Resumo:

 O trabalho analisa as relações de segurança e defesa na América do Sul a partir de uma perspectiva de complementaridades das Relações Internacionais. Entendendo que as relações entre os atores remetem a um conjunto de espelhos convexos sobre cujas superfícies se movimentam as imagens refletidas por eles, ocorrendo a interposição de três eixos – sensibilidade, comunição e sociabilidade – e, portanto, a combinação entre imagens e percepções que, uma vez comunicadas e interpretadas, fazem existir as interações entre os atores do sistema, primordialmente os Estados. Dessa forma, destacamos a relevância dos fatores intersubjetivos na fomulação de políticas, em outras palavras, como interesses, identidades, imagens e percepções influenciam a construção de conceitos, estruturas e comportamentos que pautarão as relações cooperativas entre os países, e vice-versa. Essa dinâmica aplicada à área da segurança, acreditamos, fornece uma base coerente com a qual podemos explicar a arquitetura das instituições multilaterais cooperativas no campo e, em especial, a alternância de níveis de abrangência (regional e micro regional) da integração a partir da perspectiva brasileira. Trabalhamos sob a hipótese de que há um descompasso entre as concepções monolíticas basilares dos mecanismos cooperativos de segurança e defesa da região das Américas e os objetivos declarados pela retórica e pelos documentos fundadores, o que poderia minar os trabalhos políticos das instituições e a própria identidade que se tenta forjar nesse campo, mas que, por outro lado, possibilitou a diferenciação do processo sul-americano. Objetivamos expor os elementos necessários à conformação de uma identidade sub-regional em segurança e à construção de uma comunidade integrativa com um sentido coeso na América do Sul e mostrar em que medida a identidade em defesa é entendida em termos de segurança. Ressaltamos a importância do Brasil como articulador de concepções e de políticas que instigam a construção de uma comunidade de segurança e de uma identidade, conforme se apresentam nas retóricas das autoridades, projetando uma imagem de coesão por meio da história de sua política externa.

Orientador:

Héctor Luis Saint Pierre

Palavras-chave:

Segurança; Percepção; Imagem; Identidade; Américas, América do Sul