Instituição de ensino:

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Larissa Helena Narcisi Reinprecht

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2011

Link:

 http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=19605@1

Resumo:

 Desde sua criação em 1944, o Fundo Monetário Internacional já sofreu grandes crises de legitimidade; no entanto, após períodos de rejeição e limbo, a instituição sempre logrou renascer das cinzas; argumentar-se-á que esta aparente imortalidade do FMI é devida à capacidade da instituição de adequar-se aos novos ciclos normativos que emergem de crises financeiras. Esta capacidade se vincularia, por sua vez, à legitimidade da instituição relacionar-se à justificação de sua atuação em coerência com o propósito para o qual teria sido criada. Assim, se o discurso que emerge como consenso da análise das crises acusa a instituição de ter tido parte nas causas da instabilidade, o realinhamento do FMI à nova norma em ascensão pode resultar em mudanças em sua orientação prática, como quando após a crise asiática teve sua relevância significativamente reduzida com a adoção da política de supervisão e liberalização financeira ditada pelo mercado, e não mais ordenada por si, ao longo dos anos 2000. Já a crise que se desenvolve, ao final da primeira década do século XXI, com origem nos maiores produtores de consenso sobre política macroeconômica — Estados Unidos e União Européia — mostra-se como oportunidade para reajuste do papel do Fundo em uma posição novamente central, propiciando uma análise dos interesses diversos que esta instituição, com 187 Estados-membros e potencial de levantamento de centenas de bilhões de dólares em poucos dias, é capaz de atender ou suscitar em um cenário de maior equilíbrio financeiro nos países emergentes e desequilíbrio nos grandes centros.

Orientador:

João Franklin Abelardo Pontes Nogueira

Palavras-chave:

Teoria de Relações Internacionais; Instituições Financeiras

Internacionais; Fundo Monetário Internacional; Soberania; Governança Global; Multilateralismo