Instituição de ensino: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) |
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Programa: |
Relações Internacionais |
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Autor: |
Fernanda Barreto Alves |
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Titulação: |
Mestrado |
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Ano de defesa: |
2011 |
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Link: |
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Resumo: |
A presente dissertação apresenta a relação entre o processo de formação das identidades, as dinâmicas de gênero e as práticas de marginalização da diferença no genocídio ruandês de 1994. Mais especificamente, o objetivo principal é avaliar de que maneira a produção da diferença – em particular, a diferença de gênero – atua constitutivamente no imaginário local, permitindo a adoção da violência sexual fomentada pelo Estado ruandês. Nesse âmbito, demonstramos a interconexão entre o corpo político do Estado e a política do corpo, possibilitando a construção da identidade nacional baseada no gênero e inscrita no corpo físico do indivíduo. A pesquisa evidencia a violência sexual como uma prática política, informada por uma construção social calcada no gênero, na qual o corpo das mulheres Tutsis se torna objeto de intervenção estatal. O arcabouço teórico que fundamenta as análises parte das contribuições das perspectivas pós-estruturalistas de gênero, fundamentais para examinar como identidades móveis e plurais são combinadas e construídas social e culturalmente de modo a estabelecer uma interseção que delineia o perfil do grupo-alvo, informando os tipos de violência a serem perpetrados na tentativa de construção de uma comunidade homogênea e pura. |
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Orientador: |
Carolina Moulin Aguiar |
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Palavras-chave: |
Identidade; Estado; Violência sexual; Gênero; Ruanda |