Instituição de ensino:

Programa San Tiago Dantas (UNESP, Unicamp e PUC-SP)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Marcos Alan

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2006

Link:

http://www.santiagodantassp.locaweb.com.br/novo/dissertacoes-e-teses/item/download/16_5a1110f1b457ad66069b9edc4d3c279f.html

Resumo:

 O presente trabalho busca reconstituir historicamente as relações entre Brasil e Cuba, com especial atenção à presença dos EUA neste relacionamento. Cuba recebe forte influência da política norte-americana através de uma política externa hostil cristalizada desde 1960 em intervenções diretas e forte embargo econômico justificados em nome do combate ao regime socialista que vigora na ilha e o seu alinhamento com a União Soviética. Finalizada a Guerra Fria e com a perda de seus parceiros do bloco socialista, o embargo dos EUA foi fortalecido e referendado como lei no congresso norte-americano em 1996, com a Cuban Liberty and Democratic Solidarity Act - LIBERTAD (lei Helms-Burton), ajudando a piorar a crise econômica cubana. Para enfrentar essa nova situação, Havana tem buscado abrir novas frentes nas relações com os países da América Latina, figurando o Brasil como um parceiro em potencial especialmente na área de ciência e tecnologia. Tendo em conta a conjuntura acima, buscamos analisar em que medida esse relacionamento hostil entre EUA e Cuba afeta o Brasil, atentando para as possíveis pressões de Washington para que o Itamaraty mude sua postura neutra com relação a esse país. Todos estes fatores trazem diversos desafios para a política externa brasileira, dada a complexa conjuntura que envolve Cuba na história diplomática do continente americano. O período a ser analisado pela pesquisa abarca os anos de 1996 a 2004, data de entrada em vigor da lei Helms-Burton até o fim do mandato do governo George W. Bush. Dada a multiplicidade de atores e o foco na questão da política externa que nos propomos a analisar, percebeu-se que as teorias que tratam do processo decisório se mostram especialmente úteis para nossa análise. No capítulo 1 abordamos de forma introdutória a estrutura teórico-metodológica que explica como as decisões são tomadas, a importância de compreender os interesses particulares dos membros influentes do núcleo governamental em uma decisão de política externa, a questão de como os órgãos governamentais influem na diplomacia e a importância da contextualização histórica para o entendimento das decisões tomadas.

Orientador:

Luis Fernando Ayerbe

Palavras-chave:

Relações Brasil-Cuba; Política externa dos EUA