Instituição de ensino: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
Programa: |
História |
Autor: |
Juliana de Oliveira Passos |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2010 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
Em tempo de globalização, destaca-se a discussão acerca das funções do Ensino Superior como via para a dinamização desse setor educacional frente as necessidades de desenvolvimento social e econômico dos países. Esta dissertação trata de um dos episódios que formam a arqueologia desse grande debate internacional, destacando suas raízes nas realidades típicas da Guerra Fria, na estratégia do uso da educação como ferramente política, na época na contenção de um temido possível avanço do comunismo, e como dentro dessa ótica a reestruturação do Ensino Superior brasileiro apresentava-se, para o governo brasileiro, como altamente oportuna tanto para solucionar a sistêmica crise educacional, quanto para integrar o projeto de desenvolvimento almejado pelo governo de então. Analisamos aqui, portanto, como no final dos anos de 1950 e início dos anos 1960, travou-se um debate encarniçado, originado pelo proposição da USAID de uma radical reforma umiversitária, considerada essencial para a modernização do país, e com uma surpreendente mobilização social gerou uma inesperada batalha política que extrapolou as fronteiras nacionais pertinentes, e, mais surpreendente, logrou denunciar, repudiar e estigmatizar um acordo considerado uma inflexão intolerável por parte do governo da época. Destacamos, igualmente, que mais do que uma imposição do governo norte-americano os Acordos MEC-USAID representavam a articulação das afinidades seletivas entre esse governo e o brasileiro que, ainda que com prioridades distintas, buscavam saidas convergentes para os impasses nacionais e regionais no tabuleiro político internacional. |
Orientador: |
Mônica Leite Lessa |
Palavras-chave: |
Aliança para o Progresso; Acordos MEC-USAID; Educação; Relações Brasil-EUA |