Instituição de ensino: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) |
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Programa: |
Relações Internacionais |
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Autor: |
Isabel Rocha de Siqueira |
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Titulação: |
Mestrado |
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Ano de defesa: |
2010 |
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Link: |
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Resumo: |
Esta dissertação analisa o tema largamente difundido dos Estados frágeis, procurando compreender como esta concepção se forma e quais são os efeitos dessa significação para a dinâmica maior da ajuda internacional. A pesquisa se volta para indagar sobre o senso comum acerca da chamada fragilidade estatal, aplicando o que Leander denomina abordagem FIHP, baseada nos conceitos de campo, habitus e prática de Bourdieu. Tomando como base esta metodologia, e com o suporte dos trabalhos de Villumsen e Bigo, a proposta desta dissertação é questionar o caráter dado dos Estados frágeis e entendê-los como uma construção constante de agentes de toda natureza que se encontram em um mesmo campo transnacional. Para isso, a análise foca em atividades burocráticas rotineiras e nas disputas freqüentes entre os agentes do campo, demonstrando que a concepção de Estados frágeis, como todo processo de significação e representação, está fundamentada em violência, ainda que sutil. A pesquisa busca, ainda, ajudar a superar dois problemas na disciplina de Relações Internacionais quanto ao tema da chamada fragilidade estatal: uma divisão de trabalhos entre críticas teóricas e práticas que desconsidera o potencial enriquecedor de se unirem as duas abordagens; e o silenciamento em torno de como se forma uma concepção tão largamente difundida. A dissertação tenciona, então, enriquecer a abordagem do tema justamente em demonstrando contingente, violenta e ao mesmo tempo sutil a dinâmica que significa e cria Estados frágeis. |
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Orientador: |
João Franklin Abelardo Pontes Nogueira |
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Palavras-chave: |
Ajuda internacional; Habitus; Violência |