Instituição de ensino:

Universidade de São Paulo (USP)

Programa:

Ciência Política

Autor:

Manuela Trindade Viana

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2009

Link:

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-23112009-120910/publico/MANUELA_TRINDADE_VIANA.pdf

Resumo:

 Esta pesquisa tem como objetivo central a identificação e análise dos principais atores e temas envolvidos na internacionalização do conflito armado na Colômbia. Este estudo entende por internacionalização a participação de atores estrangeiros na formulação e/ou implementação das tentativas de resolução do referido conflito. O recorte temporal pertinente aos propósitos da pesquisa estende-se do Governo César Gaviria (1990-1994) ao final do primeiro governo de Álvaro Uribe (2002-2006), na medida em que, no período anterior, não era possível observar um envolvimento externo considerável nos processos de paz na Colômbia. Os atores selecionados para uma análise mais atenta foram: EUA e OEA, cujas agendas correspondem à proposta hemisférica predominante; e UE e ONU, as quais representam as iniciativas globais voltadas à resolução do conflito. A principal conclusão deste estudo incide sobre o agrupamento das propostas internacionais em torno desses dois pólos: hemisféricas (das quais os EUA constituem o principal expoente) e globais (que têm na UE o seu ponto focal). A primeira é dotada de vultosos recursos, apresenta um caráter marcadamente militar e encontra na erradicação das drogas e no confronto às guerrilhas as suas principais estratégias. Por outro lado, o traço preponderante da segunda é a ênfase nos direitos humanos, na ajuda humanitária e na negociação com as guerrilhas. A proposta emergente do pólo europeu não foi capaz de oferecer um contra-peso à intervenção estadunidense, tanto em termos de recursos financeiros, como de fatores geopolíticos. Assim, a principal conclusão desta pesquisa é que a internacionalização do conflito armado não se manifesta de forma homogênea: embora a participação dos atores estrangeiros tenha ocorrido no âmbito global, as iniciativas hemisféricas são predominantes, especialmente se analisarmos as preferências do governo colombiano.

Orientador:

Rafael Antonio Duarte Villa

Palavras-chave:

Agenda global; Agenda hemisférica; Conflito armado colombiano; Internacionalização; Processo de paz