Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Estudos Comparados sobre as Américas (Ceppac)

Autor:

Luana Goveia

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2009

Link:

http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/7108/1/2009_LuanaGoveia.pdf

Resumo:

 A presente pesquisa discorre acerca da desigualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior de graduação público e privado no Brasil e no Chile, desde sua formação e estruturação até a década de 2000. Destaca o período a partir de suas reformas educacionais no contexto de suas respectivas ditaduras militares, já que estas reformas representam a base da estrutura deste nível de ensino em ambos os países atualmente. Tem como objetivo entender como é o acesso ao ensino superior entre os diferentes grupos sociais destes países em seus setores público e privado. Para tal, tem como eixos de análise o financiamento, o acesso e a desigualdade, que permeiam a fronteira comparativa entre os mesmos ao longo deste trabalho. Parte-se da hipótese de que as desigualdades encontradas hoje na assistência ao ensino superior destes países, que envolvem renda e/ou grupos étnicos específicos (negros, negras e indígenas no Brasil, e indígenas no Chile), têm como causa, em grande parte, o acesso oneroso do ensino superior privado, e o acesso público mais restrito e seletivo. Esta problemática, entretanto, não pode ser analisada da mesma maneira para ambos os países, já que há diferenças na divisão entre os setores público e privado de ensino superior dos mesmos. Isto porque no Brasil existe essa divisão entre público e privado, e no Chile não. Ademais, nota-se em ambos que as diferenças de renda na sociedade constituem fator primordial para as desigualdades de acesso ao ensino superior. Estas desigualdades não podem ser amenizadas sem a participação ativa do Estado na formulação de políticas para tal, o que demonstra as limitações dos modelos de expansão até então experimentados, deixando clara a necessidade de um modelo de crescimento inclusivo. O método está baseado em análises interdisciplinares e comparativas, por semelhanças e diferenças, que são colocadas ao longo do texto por argumentos qualitativos e quantitativos. Ademais, concentra os argumentos quantitativos em meados da década de 2000 com o intuito de traçar o atual perfil do financiamento, do acesso e das políticas que estão sendo implementadas em ambos os países para a amenização de suas respectivas desigualdades na assistência à educação superior.

Orientador:

Benício Viero Schmidt

Palavras-chave:

Ensino superior público e privado; Financiamento; Acesso; Desigualdade de oportunidades; Políticas de inclusão