Instituição de ensino: |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
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Programa: |
Relações Internacionais |
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Autor: |
Eliane Numair |
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Titulação: |
Mestrado |
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Ano de defesa: |
2009 |
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Link: |
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Resumo: |
A presente dissertação busca analisar as motivações que levam o Estado brasileiro a atuar na arena internacional, visando assegurar a competitividade das empresas brasileiras no mercado externo, especificamente a participar politicamente e investir recursos na Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul- Americana, com opção pelo recorte na integração da infraestrutura de transportes e logística da faixa geográfica que pretende conectar o Porto de Santos, no Oceano Atlântico aos portos marítimos de Peru e Chile, no Oceano Pacífico, designada Eixo Interoceânico Central. Para compreender tais motivações, o trabalho está dividido em quatro partes que se complementam no decurso e se interconectam na tessitura das considerações finais. Primeiramente é abordada a ascensão das questões econômicas nas prioridades de política externa dos países, ressignificando o contexto de atuação dos Estados no sistema internacional, que passam a ser movidos pela interdependência complexa, levando em consideração os interesses de grupos econômicos domésticos, para formatar suas preferências na formulação da política exterior. Estabelecida a base de sustentação dos argumentos, o estudo passa a enfocar o Brasil e a opção por instrumentalizar suas relações exteriores para concretizar o projeto de desenvolvimento econômico nacional. Nesta perspectiva, são abordadas as articulações de política externa brasileira, desde a década de 1930 - quando inicia um esforço integrado para industrialização e modernização econômica - até a proposta recente de inserção do país na economia mundial, empenhada em expandir as relações econômico-comerciais por meio de ações que contribuam para o aumento da capacidade competitiva das empresas frente à concorrência internacional. Entre tais ações são destacadas as relações de cooperação do Brasil com Bolívia, Chile, Paraguai e Peru, no sentido de promover o ordenamento de seus territórios sob a lógica da conformação da infraestrutura física, capaz de proporcionar fluidez para o escoamento da produção - momento em que se analisa em que medida as pretensões de expansão econômica brasileira estão voltadas aos parceiros comerciais da América do Sul, ou direcionadas a pontos mais distantes do horizonte, em direção à região da Ásia-Pacífico. |
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Orientador: |
Álvaro Luiz Heidrich |
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Palavras-chave: |
Brasil; Desenvolvimento econômico; Política externa; IIRSA; Preferências nacionais |